IMUNOLOGIA NA CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

IMUNOLOGIA NA CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

Monografia

A cirurgia Buco-Maxilo-Facial é uma especialidade odontológica regulamentada por diretrizes do Conselho Federal de Odontologia. Hoje não cabe mais ao cirurgião apenas o conhecimento anatômico e a boa prática cirúrgica, mas também deve-se ter amplo conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos do ser humano. A imunologia é a ciência que se dedica ao estudo da imunidade. Logo corrobora de forma expressiva a compreensão da fisiopatologia de muitas das doenças tratadas pelo cirurgião Buco-Maxilo-Facial. A imunidade humana pode ser subdividida em duas, inata e adaptativa. A imunidade inata é aquela que advém de mecanismos pré existentes de proteção, logo é a primeira envolvida na resposta de defesa a microrganismos e possui uma variabilidade e especificidade restrita. Sua principal forma de ação é o processo inflamatório. A imunidade adaptativa é construída conforme a exposição aos patógenos e possui alta especificidade, portanto, tende a ser mais lenta. O objetivo deste trabalho consiste em evidenciar a importância da imunologia na especialidade odontológica de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, por meio de uma análise de revisão narrativa de literatura. No intuito de demonstrar tal significância aborda-se os mecanismos imunoprotetores de modelos infecciosos por bactérias e fungos, assim como os mecanismos imunopatológicos de doenças autoimunes e processo inflamatório desencadeado por trauma. Por fim o cirurgião Buco Maxilo-Facial que compreende os processos imunológicos envoltos nas patologias maxilo-faciais possui maior acurácia diagnóstica e terapêutica, proporcionando ao paciente melhor qualidade de vida devido a redução de intercorrências e complicações. O escasso número de trabalhos científicos publicados em revistas especializadas em cirurgia Buco-Maxilo-Facial evidência o déficit de conhecimento na formação destes profissionais. Sugere-se a instituição de diretrizes que tornem a Imunologia área de conhecimento obrigatória na formação dos cirurgiões, assim como o fomento a pesquisas que esclareçam a relação entre o sistema imunológico, a regeneração óssea e o diagnóstico das disfunções da articulação temporomandibular.

Diego Garcia Miranda

Profa. Dra. Ângela Alves de Aguiar Goto

São Paulo 2020

Faculdade Facsete

Português

Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial