Title
O USO DE CIMENTOS BIOCERÂMICOS PARA OBTURAÇÃO DE CANAIS
RADICULARES: Revisão Bibliográfica
RADICULARES: Revisão Bibliográfica
Subject
Monografia
Description
O sucesso dos procedimentos endodônticos está intimamente ligado à manutenção
de um periodonto perirradicular saudável e íntegro, com eliminação ou maior redução
possível dos patógenos locais. Um dos procedimentos mais frequentes no contexto
da endodontia são as obturações de canais radiculares, dessa forma, é importante
que os materiais obturadores apresentem atividades antimicrobianas, como é o caso
dos cimentos biocerâmicos. Historicamente, muitos materiais foram utilizados em
obturações sendo substituídos à medida que novas opções se mostravam mais
toleráveis, até que foi proposta, na década de 1990, a utilização de materiais que não
se limitassem a serem tolerados, mas que interagissem ativamente com os tecidos
adjacentes de forma positiva para o hospedeiro. Sendo assim, além da preocupação
acerca da biocompatibilidade dos materiais, surgiu a demanda pela bioatividade dos
mesmos. Nesse contexto, surgiu a primeira geração de cimentos biocerâmicos,
constituída por materiais à base de MTA com adição de óxidos de bismuto. Os silicatos
de cálcio presentes na composição permitiam que os selantes formassem
hidroxiapatita quando hidratados, permitindo a adesão entre o selante e a dentina,
bem como entre o selante e os cones de guta percha. A adição dos óxidos de bismuto
conferia radiopacidade ao selante, permitindo a avaliação radiológica do tratamento.
Estas propriedades iniciais eram vantajosas e foram mantidas na geração mais
recente de cimentos biocerâmicos, no entanto, os primeiros biocerâmicos
apresentavam desvantagens em relação a suas propriedades físicas e químicas que
precisavam ser corrigidas. Os cimentos biocerâmicos atuais são o que há de mais
recente no contexto de materiais obturadores. Além de se mostrarem biocompatíveis
e bioativos, estimulando o crescimento dos tecidos adjacentes, os cimentos
biocerâmicos permitem que os dentes obturados tenham propriedades físicas
semelhantes a elementos saudáveis, também apresentam atividade antimicrobiana
satisfatória, culminando na redução de cerca de 50% da carga de patógenos após 30
dias. A revisão feita na literatura permite concluir que os cimentos biocerâmicos são
superiores aos demais materiais disponíveis, pois, são biocompatíveis e bioativos por
definição, vêm demonstrando uma elevada taxa de sucesso terapêutico sem que o
elemento tratado tenha perda de função ou defeitos estéticos, além de se mostrarem
superiores aos demais materiais disponíveis quando submetidos a testes de suas
propriedades físicas e químicas.
de um periodonto perirradicular saudável e íntegro, com eliminação ou maior redução
possível dos patógenos locais. Um dos procedimentos mais frequentes no contexto
da endodontia são as obturações de canais radiculares, dessa forma, é importante
que os materiais obturadores apresentem atividades antimicrobianas, como é o caso
dos cimentos biocerâmicos. Historicamente, muitos materiais foram utilizados em
obturações sendo substituídos à medida que novas opções se mostravam mais
toleráveis, até que foi proposta, na década de 1990, a utilização de materiais que não
se limitassem a serem tolerados, mas que interagissem ativamente com os tecidos
adjacentes de forma positiva para o hospedeiro. Sendo assim, além da preocupação
acerca da biocompatibilidade dos materiais, surgiu a demanda pela bioatividade dos
mesmos. Nesse contexto, surgiu a primeira geração de cimentos biocerâmicos,
constituída por materiais à base de MTA com adição de óxidos de bismuto. Os silicatos
de cálcio presentes na composição permitiam que os selantes formassem
hidroxiapatita quando hidratados, permitindo a adesão entre o selante e a dentina,
bem como entre o selante e os cones de guta percha. A adição dos óxidos de bismuto
conferia radiopacidade ao selante, permitindo a avaliação radiológica do tratamento.
Estas propriedades iniciais eram vantajosas e foram mantidas na geração mais
recente de cimentos biocerâmicos, no entanto, os primeiros biocerâmicos
apresentavam desvantagens em relação a suas propriedades físicas e químicas que
precisavam ser corrigidas. Os cimentos biocerâmicos atuais são o que há de mais
recente no contexto de materiais obturadores. Além de se mostrarem biocompatíveis
e bioativos, estimulando o crescimento dos tecidos adjacentes, os cimentos
biocerâmicos permitem que os dentes obturados tenham propriedades físicas
semelhantes a elementos saudáveis, também apresentam atividade antimicrobiana
satisfatória, culminando na redução de cerca de 50% da carga de patógenos após 30
dias. A revisão feita na literatura permite concluir que os cimentos biocerâmicos são
superiores aos demais materiais disponíveis, pois, são biocompatíveis e bioativos por
definição, vêm demonstrando uma elevada taxa de sucesso terapêutico sem que o
elemento tratado tenha perda de função ou defeitos estéticos, além de se mostrarem
superiores aos demais materiais disponíveis quando submetidos a testes de suas
propriedades físicas e químicas.
Creator
LEONARDO LINCOLN DE MELO AGUIAR
Publisher
Prof. MS. Hector Michel de Sousa Rodrigues
Date
BELO HORIZONTE 2021
Contributor
Faculdade Facsete
Language
Português
Identifier
Endodontia