Implantes curtos

Implantes curtos

Monografia

A reabilitação oral por meio de implantes dentários representa uma modalidade de
tratamento previsível para pacientes parcial e totalmente edêntulos. No entanto, em
casos de altura óssea reduzida ou atrofia óssea, nem sempre é possível a inserção
de implantes de comprimento padrão (≥ 10 mm). Em tais circunstâncias, os clínicos
geralmente recorrem a procedimentos mais invasivos e dispendiosos, como a
elevação do assoalho do seio maxilar ou regeneração óssea guiada para superar
esses desafios. Apesar de sua alta previsibilidade, várias desvantagens podem ser
atribuídas a essas técnicas, incluindo alta morbidade e invasividade, necessidade de
procedimentos cirúrgicos adicionais e períodos prolongados de cicatrização. Durante
a última década, os implantes curtos demonstraram ser uma solução confiável e
eficaz para pacientes com atrofia dos processos alveolares, baixa qualidade óssea e
pneumatização do seio maxilar. Nesse sentido, o objetivo desta revisão foi avaliar os
dados disponíveis sobre a taxa de sobrevivência de implantes curtos e indicações na
prática clínica. Concluiu-se que são indicados para evitar procedimentos de aumento
ósseo nos segmentos posteriores da maxila e da mandíbula de pacientes
parcialmente edêntulos bem como para regiões anteriores, em que a estética não
seja comprometida, como em casos de reabilitação com próteses removíveis sobre
implantes ou do tipo protocolo. Os fatores anatômicos e clínicos a serem
considerados para a obtenção de resultados previsíveis e evitar complicações são a
saúde bucal, a ausência de patologia oral aguda e distúrbios sistêmicos e a
presença de volume ósseo suficiente. A literatura revisada referiu altas taxas de
sobrevivência e de sucesso dos implantes curtos; no entanto, recomendou-se que
mais estudos, com maior tempo de acompanhamento sejam realizados.

Vanessa Ferreira Lima

Prof. Dr. Odair Borghi

São Paulo
2019

Faculdade Facsete

Português

Implantodontia