LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR COM ENXERTO DE OSSO BOVINO
INORGÂNICO:
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR COM ENXERTO DE OSSO BOVINO
INORGÂNICO:
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Monografia

Os implantes osteointegrados apresentam algumas limitações quando
instalados nos sextantes posteriores da maxila, uma vez que é uma região susceptível
à pneumatização e reabsorção na área do seio maxilar. O uso de enxerto alógeno
com osso bovino inorgânico associado ao levantamento de seio maxilar é uma técnica
que ainda suscita dúvidas quanto à quantidade e qualidade do osso neoformado. O
objetivo da presente revisão sistemática foi analisar a literatura atual, a fim de
determinar a viabilidade do uso de osso bovino em cirurgias de levantamento de seio
maxilar, bem como se essa técnica se demonstra superior as outras quanto a
quantidade e qualidade de osso neoformado. A questão focada foi: o enxerto com
osso bovino inorgânico melhora a qualidade e quantidade do osso maxilar nas
cirurgias de levantamento de seio maxilar em pacientes parcialmente dentados ou
desdentados? Foi realizado um levantamento bibliográfico nas principais bases de
dados, após definição das estratégias de buscas, dois avaliadores calibrados. A
análise limitou-se a implantes de titânio com superfícies modificadas colocadas em
locais com 6 milímetros de altura óssea residual e uma abordagem parede lateral ao
seio. A pesquisa forneceu 19 títulos. Análise de texto completo foi realizado por 8
artigos, resultando em 8 estudos que preencheram os critérios de inclusão. Oito
artigos foram incluídos na revisão após leitura do texto na íntegra e apreciação dos
critérios de inclusão e exclusão. O maior nível de evidência consistia em estudos
prospectivos e com análise histológica ou com exames de imagens. Uma análise
descritiva das tabelas fornece evidência que o tipo de enxerto não parece estar
associado com o sucesso do procedimento, as suas complicações, ou a sobrevivência
do implante. Todas as técnicas avaliadas apresentaram pequena incidência de
complicações trans e pós-operatórias. Contudo, a que apresentou melhor atividade
osteoindutora foi o osso bovino, associado ou não a técnica de enxerto autógeno. A
evidência recuperada fornece um médio nível de apoio à seleção de enxerto com osso
xenógeno em comparação com outras técnicas. Razões claras não pôde ser
identificado que deve levar o clínico a preferir enxerto xenógeno ou autógeno, porém
foi possível concluir que o osso bovino mostrou-se superior quando comparados a
outros materiais em relação à capacidade osteoindutora. O osso bovino parece ser
superior a outras técnicas.

ALEXANDRE MAGNO ROCHA DELGADO

Prof. Dr. João Carlos Amorim

JOÃO PESSOA/PB
2012

Faculdade Sete Lagoas

Português

Implantodontia